A síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) é caracterizada pela compressão anormal do plexo braquial (nervos do membro superior) na região do desfiladeiro torácico, limitando as atividades habituais dos indivíduos acometidos. Frequentemente, esses pacientes apresentam-se com queixas de dor, perda de força e parestesias, principalmente nas mãos e dedos.

Existem três locais clássicos de compressão. O primeiro deles é o triângulo interescalênico, cujos limites são o escaleno anterior (inserção na 1ª costela), médio (inserção na 2ª costela) e clavícula. Dentro desse triângulo passam a artéria subclávia e o plexo braquial, sendo o primeiro obstáculo que o feixe vasculonervoso encontra.

O segundo local é o espaço costoclavicular, formado pela face anterior da primeira costela e pelos terços interno e médio da clavícula; o terceiro é o espaço retrocoracopeitoral, em que, por trás do músculo peitoral menor, passam veia, artéria e plexo braquial.

A compressão nervosa é a mais comum. Apesar disso, a compressão vascular, que pode ser arterial ou venosa, é a mais grave e importante. Quando a compressão é arterial, os sintomas ocorrem em decorrência da isquemia, gerando dor, palidez, cianose, fadiga e alterações tróficas como úlceras e gangrenas em casos mais avançados. Quanto a compressão é venosa, os sintomas são sensação de peso, dor e ingurgitamento da extremidade superior, especialmente no ombro e na região peitoral.

Os fatores de risco são diversos, sendo os mais importantes: idade avançada, profissão, hábitos de vida, traumas e alterações torácicas. O sexo feminino é o mais acometido, pela presença das mamas e pelo fato de o tórax ser mais estreito. Além disso, indivíduos que praticam exercícios físicos repetitivos podem apresentar os sintomas com maior intensidade.
(Fonte: blog.bjcvs)